
"Eu posso clonar humanos." (Panayiotis Zavos)
Ao ler esta frase pensei; nasce um Deus ou morre um homem? Detesto parecer exagerado, mas neste caso é o que me parece.
O geneticista Panayiotis Zavos, natural do Chipre, anunciou hoje ao mundo que está desenvolvendo uma técnica para clonar seres humanos, e que até já conseguiu clonar 14 embriões, sendo 11 deles implantados em 4 mulheres de três países diferentes, Estados Unidos, Reino Unido e um país do Oriente Médio não mencionado. Acredita-se que dentro de dois anos no máximo esta técnica esteja dando resultados, com clones vivos e saudáveis. O que me pergunto é, aonde vamos parar? Será que eles não veem que isso não é uma ciência sustentável, pois o que os motiva são interesses genuinamente econômicos? Que ninguém tem o direito de bancar o Deus.
Com a desculpa de ajudar aquelas mulheres que já tentaram exaustivamente todos os métodos possíveis, este cidadão, que não é o único pois como ele existem outros, se agarra ao falso propósito de que pessoas como estas precisam destas pesquisas para serem felizes. Enquanto a clonagem humana de embriões tinha fins terapêuticos, como por exemplo nas pesquisas sobre novas formas de tratamento para algumas doenças como Parkinson, Alzheimer, cancro, diabetes e até mesmo para as lesões na medula, eram totalmente justificáveis os esforços para concluir a técnica e ajudar a milhões de pessoas em todo planeta. Acontece que como sempre o homem deixa de lado a ética e a religião e passa a pensar exclusivamente nos fins lucrativos, num constante e eterno embate entre criador e criação, onde quem sai perdendo é sempre a criatura.
O que estamos presenciando neste exato momento é a morte de um homem no desejo de se transformar em um Deus, morre porque esquece até onde um ser humano pode ir e onde ele deve parar. Espero que um dia enxerguem algo mais que dinheiro, e vejam que o verdadeiro significado da ciência é ajudar a melhorar o presente e o futuro de todos nós humanos no intuito de uma vida saudável e próspera.
Éder Cysneiros