terça-feira, 19 de junho de 2012

Saia!

Saia! Mas saia ligeiro, porque senão te seguro com a mesma velocidade que você pensou em sair.
Saia! Mas vá para muito longe onde eu não possa ouvir a tua voz, pois a tua simples vibração me ensurdece e me deixa muito em paz.

Vá onde eu não possa sentir teu cheiro que me entorpece e me traz sensações remotas e recentes ao mesmo tempo.

E quando for, não sorria pra mim, uma vez que eu não vou poder sustentar a lembrança dessa imagem, já que sua natureza meiga e linda se resume neles.

Saiba que teu sossego me acalma quando deito devagarinho em teu colo e mexo em teus cabelos, como num processo simples para viver tranquilo. E nunca esqueças que a tua angústia também é a minha.

Ei! Quando sair não bata a porta muito forte, porque estarei bem atrás. E saia para algum lugar qualquer, mas um lugar lindo e calmo, pois estarei lá também... para lhe trazer de volta!

Bruno Justino do Nascimento