quarta-feira, 11 de julho de 2012

Coração Ferido

E com o peito aberto fui ferido
Sem saber o porquê sofri calado
Doeu bastante  num silencioso grito
Que ecoou resignado por não ser amado.

Foi um tempo ruim que não desejo a ninguém
E os belos dias tornaram-se tempestuosas semanas
Com pensamentos inconstantes num eterno vai e vem
Da frieza noticia da desmedida lembrança.

Com a força do meu amor lutei
E o tempo foi generoso aos meus pedidos
Tudo voltou... não há lógica, não há lei
Reivindiquei pra mim sem remorso o bem vivido.

E a ferida se curou
Deixando apenas cicatriz
Que ao longo dos dias se passou
Com a promessa de um futuro feliz.


Estupidez foi tentar me enganar
A cicatriz não doía mas sangrava
E ao longo do corte o pesar
Por um certo conforto que me sustentava.

Não tive culpa e a ferida se abriu
Pois levei um golpe de peito muito aberto
Pois era puro e simples até aquele vermelho abril
E as pequenas lembranças me mostraram o certo.

Lágrimas e lembranças passadas
Alívio! Sofrimento pra mais ninguém
E um comedido futuro de almas lavadas
Para que no final todos fiquem bem.

Bruno Justino do Nascimento