segunda-feira, 21 de junho de 2010

Canção Vertida

Nas vilhas velhas dos Santos
Às margens do rio Tupiniquim
Salve a tua imagem, e salve a tua semelhança
Sonhos desertos, sem fronteiras.

Cicatrizes forjadas na madeira
Tratando tudo que ver adiante
Como se não houvesse mais distante.

Às margens de um poço sem fim
Mergulhando sem volta
Isso é o que menos importa
Canta, espanta, finge e escuta.

Dói a partida, dói mais a tua vinda
Vinda, mostra, bela, sorte
Consonante a perfeição!

Infinito vício, balança os braços
E me acena, e me conquista
com teu ríspido sorriso.

Bruno Justino do Nascimento

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Criador

Foi pra você
Que montei as estrelas
Que mandei a chuva
Pra você criei o aroma das manhãs
E isso não é tudo

Foi pra você
Que eu desenhei os vales
Que habitei os mares
Pra você fiz o mundo
E o mundo você tem

Foi pra você
Que dei a minha vida
A minha semelhança
O meu amor
E isso não foi tudo

Foi pra você
Que parei o tempo
Amiudando o céu
Ficando admirado
Perante o teu fulgor

Foi pra você
Que organizei as letras
Juntei as palavras
E sem elas fiquei
Quando a ti criei.

Éder Cysneiros