Santos! Mostrem-me o que fazer,
Quando até mesmo a preciosa vida me doa as costas,
Quando a ferida já cicatrizada volta a sangrar,
Quando o mais fraco torna-se forte, a sua força torna-se imbatível!
Santos! Olha por este verme que rasteja nas pragas e nas ruas sujas,
Peço cumplicidade e compaixão,
Peço a dor ao invés da solidão,
Peço amor sem caridade, pois o tempo passa e a idade custa muito mais.
Santos! O que fazem nesse ócio incessante de suas preciosas existências?
Tornem a nos escutar, em súplicas, em gritos, em devaneios e conspirações.
Mas não apenas tornem retornem e sintam na pele também, pois o bem é muito melhor depois de sofrer.
Quem quer cantar?? Quem quer chorar??
Chorem e transformem essas lágrimas em verbos,
e os verbos vão nos ajudar a sonhar, e a viver melhor,
E vivendo melhor, haverá tempo de dar graças aos Santos!
E os Santos... Bem, os Santos...
Bruno Justino do Nascimento